quarta-feira, 13 de julho de 2011

Poesia


Aula de improviso

Nesse dia de hoje, estou feliz
tive mais que aula;
tive improvisação.

Com os objetos insignificantes
comecei rodopiar.
Não tenho por que brincar...
Quer me ensinar?

Aprendo rápido é só improvisar
Com esses objetos estou segura
Posso subir ao palco
É só acreditar.
Sou malandra e vou me apresentar.

(GARCIA, Sara Silva) 18/03/2011
Aluna do 2º ano Integrado em Agroindústria; trecho de seu diário de bordo.

Momentos de Criação

Durante o mês de junho os alunos do Integrado apresentaram esquetes (sketch) para todas as turmas, decorrentes de exercícios teatrais experimentados em sala de aula. Alguns grupos tiveram como ponto de partida, crônicas (Luis Fernando Veríssimo, Fernando Sabino, Stanislaw Ponte Preta, etc.) e outros, exercícios de improvisação. Porém, não havia ponto de chegada! O que nos interessou foi o caminho: a articulação entre o fazer artístico, a apreciação estética e a teoria, ampliando os conhecimentos adquiridos em sala de aula, oportunizando um momento significativo no processo ensino-aprendizagem. Para que cada um ao experimentar sensações e sentimentos, no jogo teatral / na cena teatral possa fazer descobertas a respeito de si, do outro, do mundo em que vive e possa construir seu conhecimento, suas opiniões, seus valores e conceitos.

Élida e Lucas - 2º ano Integrado em Informática / Anfiteatro IFTM-Itba

Rafaela, Nathane e Aline - 1º ano Integrado em Agroindústria / Refeitório do IFTM-Itba: explorando novos espaços para a cena

Momentos de Apreciação

Para o desenvolvimento do trabalho com a linguagem cênica no IFTM/campus Ituiutaba, um ponto de destaque a ser transformado, é a pouca ou nenhuma familiaridade dos alunos com a mesma. Como espectadores, acabam tendo como referência artística maior ou única a televisão, que se norteia por uma dramaturgia e estética naturalistas, raramente estimulando a representação extra cotidiana, investigativa e autônoma. Assim, torna-se fundamental observar os alunos na condição também de apreciadores, suas referências, reações, relações com a obra de arte e promover, além da formação de platéia, o fomento a apreciação e reflexão/discussão, bem como, um novo olhar sobre a estética teatral e a criação como experimentação. Para tal, promovemos no decorrer do 1º semestre/2011 a apresentação de 3 espetáculos teatrais, dentro e fora do espaço do Instituto para os alunos e servidores – o que representa uma mudança de contexto, já que a maioria dos alunos afirmava nunca ter assistido teatro. No dia 28 de abril, os alunos foram ao Teatro Vianinha apreciar a montagem “MECA encena Luiz Vilela” do Grupo Meca de Ituiutaba; dia 02 de junho foi a vez do espetáculo “Mulheres, acordai-vos!” do Grupo Rebuliço de Ituiutaba, que inaugurou o palco do anfiteatro do IFTM/campus Itba para a arte cênica; para finalizar, teatro de rua: “A Saga no Sertão da Farinha Podre”, do Coletivo Teatro da Margem/Uberlândia, apresentado na Praça da Prefeitura, integrando a comunidade externa.

"Mulheres,acordai-vos!"


"A Saga no Sertão da Farinha Podre"

domingo, 26 de junho de 2011

Ensino do Teatro: Teoria e Prática


Através da experimentação teatral (jogos dramáticos, improvisação, interpretação e recepção de cenas, montagem, relação entre palco e platéia), buscamos romper com um ensino da arte apenas teórico e intelectualizante, passando a constituir oportunidades de construção prática, para promoção de processos criativos, que permitam ao aluno conhecer esse trajeto, vivenciá-los corporalmente e se reconhecer neles, formando uma consciência estética. A arte como área de conhecimento no processo de formação do indivíduo, no nível do intelecto, mas também do sensível.
A busca não pela criação urgente, veloz, genial e competitiva, que se ocupa de revelar talentos e ocultar dificuldades; e SIM, a busca pela atitude espontânea, autêntica, imaginativa, consciente, que possibilite ao aluno dar significados, ordenar as várias facetas da realidade interior e exterior em novas realidades significativas; fazer descobertas a respeito de si, do outro, do mundo em que vive; ser mais aberto, menos rígido consigo e com os outros, ampliando seus conceitos e visões de mundo, desprendendo-se de padrões maniqueístas (bem x mal; certo x errado). A arte propicia uma compreensão mais profunda das relações e das questões históricas, além de um sentimento de estruturação interior. Busca-se, então, não a formação profissional do artista, mas a formação humana do ser.